Gostaria que esses
pseudocientistas despissem a capa do insulto gratuito a quem pratica uma
profissão com mais de 200 anos.
Tenho lido,
visto e ouvido uns senhores que se dizem cientistas, uns médicos, outros
bioquímicos e outros físicos e professores universitários, tecerem opiniões
destrutivas sobre a Homeo- patia. E fazem-no com uma certeza de conhecimento da
matéria e uma arrogância perante o que não conhecem que me deixa seriamente
preocupado quanto aos seus motivos.
A Homeopatia é
uma especialidade médica. Vem do tempo de Hipócrates. E Hipócrates, médico grego
e profundo observador da natureza, no século IX a.C., concluiu filosoficamente
que existem dois caminhos possíveis de obter a cura: pelos contrários (Contraria
contrariis curentur) e pelos semelhantes (Similia similibus
curentur).
O caminho dos
contrários foi seguido, séculos mais tarde, por Galeno, e norteia a Alopatia, ou
a chamada 'Medicina convencional'.
O caminho dos semelhantes foi retomado durante o período renascentista por Paracelso, que se baseou na lei dos semelhantes para desenvolver as suas pesquisas. Mais tarde, Samuel Hahnemann desenvolveu, através da experimentação em pessoas saudáveis, um método terapêutico que deu origem à medicina homeopática, segundo a qual, «o que provoca no homem que é são os sintomas da pessoa doente cura a pessoa doente».
Ou seja, o que diferencia as duas correntes de Hipócrates é o método utilizado, já que o objectivo é o mesmo, a cura.
A Homeopatia
tem, ao longo dos seus mais de 200 anos, dado à ciência e à investigação
científica matéria-prima de luxo para que se comprove o porquê de um efeito
clínico evidente. E esse efeito clínico, por muito que se tente, ninguém
consegue desmentir.
É verdade, a ciência tem tido dificuldade em demonstrar a eficácia científica dos remédios homeopáticos. Mas também é verdade que já existem inúmeros estudos randomizados, controlados, duplo-cegos que reconhecem a sua eficácia. Sugiro uma pesquisa atenta e científica, despreconceituosa e despretensiosa, aos sites da Pubmed e da BMJ (British Medical Journal), como exemplo de fontes credíveis.
É verdade, a ciência tem tido dificuldade em demonstrar a eficácia científica dos remédios homeopáticos. Mas também é verdade que já existem inúmeros estudos randomizados, controlados, duplo-cegos que reconhecem a sua eficácia. Sugiro uma pesquisa atenta e científica, despreconceituosa e despretensiosa, aos sites da Pubmed e da BMJ (British Medical Journal), como exemplo de fontes credíveis.
Gostava que
esses pseudocientistas despissem essa capa da maledicência e do insulto gratuito
a profissionais, cuja profissão é praticada há mais de 200 anos e é tão-somente
a segunda medicina mais utilizada no mundo, segundo a OMS. E que, apesar de
denegrida e combatida ao longo dos anos, tem-se mantido firme e é cada vez mais
procurada, não como uma alternativa a outras medicinas, mas sim como
complementar - e eu acredito que todos juntos podemos criar uma grande medicina
integrativa juntando o conhecimento e as artes de cada uma.
«O verdadeiro espírito científico, então, deveria tornar-nos modestos e bondosos. Nós, realmente, sabemos muito pouco e somos todos falíveis ao enfrentar as imensas dificuldades apresentadas na investigação dos fenómenos naturais. A melhor coisa para fazer, então, é unir os nossos esforços, ao invés de dividi-los e anulá-los em disputas pessoais». (Introdução ao Estudo da Medicina Experimental, 1865), Claude Bernard.
«O verdadeiro espírito científico, então, deveria tornar-nos modestos e bondosos. Nós, realmente, sabemos muito pouco e somos todos falíveis ao enfrentar as imensas dificuldades apresentadas na investigação dos fenómenos naturais. A melhor coisa para fazer, então, é unir os nossos esforços, ao invés de dividi-los e anulá-los em disputas pessoais». (Introdução ao Estudo da Medicina Experimental, 1865), Claude Bernard.
Dr.João
Marcelo Caetano